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A Vida Não Vem com Manual, Mas Vem com Mãe

Já parou pra pensar que o mundo é “o” e a vida é “a”?


O mundo existe.

É concreto, externo, tangível, sólido e imparcial.

É o pai que diz: “Faça.”

É a máquina que gira.

O chão que cobra.

O sistema que empurra.


Mas a vida…

A vida é.

Sente, escapa, flui, acontece.

É líquida, fértil, intuitiva.

É a mãe que acolhe, que gera, que dá colo.

É o ventre invisível que sustenta — mesmo quando tudo desmorona.


E a gente?

A gente é o que existe entre os dois.

Entre o sistema e o colo.

Entre o controle e o mistério.



Ilustração em estilo xilogravura nas cores preto, branco e vermelho. Uma mulher de expressão serena segura uma criança adormecida nos braços, transmitindo afeto e proteção. Ondas vermelhas ao redor das figuras sugerem vibrações de amor e conexão emocional, criando uma atmosfera psicodélica e simbólica de acolhimento.


A Vida Não Vem com Manual.


Mas vem com uma mulher que nos ensinou a andar…

Antes mesmo da gente saber o que era caminho.


A Vida Vem com Mãe.


Antes do primeiro choro, já existia um coração batendo por você.

Mesmo quando a gente muda de casa, de cidade, de vida… ela continua dentro da gente.


Mesmo se não está mais por perto, mesmo que a história com ela tenha sido difícil ou incompleta — ela ainda vive em você.

Se você fechar os olhos agora e se perguntar:


“O que minha mãe me diria nesse momento?”

O que você ouve?


Porque mãe não depende de presença física.

Mãe é presença.

Mãe é o que sobra quando todo o resto desaba.


Maria: a Mãe de Todas as Mães


A Bíblia não conta Maria como alguém com todas as respostas.

Mas ela tinha aquilo que só mães têm: coragem pra amar sem manual.


“Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” — Lucas 1:38

Ela não entendeu tudo.

Mas aceitou tudo.

E mesmo diante da maior dor — vendo o próprio filho na cruz — ela ficou.


“Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe…” — João 19:25

Ela não pôde evitar o sofrimento.

Mas também não abandonou.

É isso que o amor de mãe faz.

Fica. Aguenta. Ama… mesmo sem explicação.


Quantas vezes eu me esqueço disso?


Quantas vezes deixei a rotina engolir a gratidão?

Quantas vezes me calei quando deveria ter dito “obrigado”?

Quantas vezes vi o cansaço nos olhos dela e escolhi fingir que não vi?


Muitas vezes.

Mais do que eu gostaria de admitir.


Mas hoje… eu paro.

Eu reconheço.

Eu peço perdão — mesmo que em silêncio, em pensamento, em oração.


Porque o amor de mãe é tão grande que, mesmo quando a gente esquece… ela continua lembrando da gente.


O Amor de Mãe é a Injustiça Mais Bonita da Existência


Ela nos dá a vida.

Nos alimenta com o corpo, com a alma, com tudo o que tem.

E nós… nunca conseguimos retribuir à altura.


O que a mãe entrega não pode ser medido.

E por isso, tudo o que podemos fazer é reconhecer.

Honrar enquanto há tempo.

Agradecer, mesmo quando não é mais possível tocar.

Porque ela vive em nós.


E quando tudo parecer demais, quando o mundo for barulhento, pesado, injusto… fecha os olhos. Chama por ela. Mesmo em silêncio… ela vai acolher.


“Maria, porém, guardava todas essas coisas, meditando-as no coração.” — Lucas 2:19

Que você também guarde.

Que você também medite.

E que nunca se esqueça:

Você "é".

O verbo.

O fruto do mundo que existe e a vida que sente.

Entre o Pai que faz e a Mãe que ama.


E nós... nós somos essa loucura linda da existência no meio dessa linguagem cósmica que chamamos de realidade.


Obrigado e Feliz Dia das Mães.


A todas que amam sem manual.

Às que ficaram, mesmo cansadas.

Às que geraram com o corpo — e às que acolheram com a alma.

Às que ensinaram o que é ser colo, ser raiz, ser abrigo.

Que hoje, mais do que flores, recebam presença.

Mais do que palavras, reconhecimento.

Mais do que um dia… o eterno lugar que ocupam na nossa existência.

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