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O Valor da Lealdade e o Preço da Traição

Atualizado: há 6 dias

Existem palavras que não cabem em cifras. “Lealdade” é uma delas. Mas “traição”, essa sim, tem um preço. E não é barato.


Vivemos em um tempo onde o valor das coisas se perdeu no eco da conveniência. Tudo tem um preço — a amizade, o amor, o respeito. Mas poucos sabem o que realmente tem valor. A lealdade, por exemplo, não está no currículo, não se estampa no feed, nem se pendura na parede. Ela mora nos gestos que ninguém vê. Nas decisões silenciosas. Nos sacrifícios que não se contam.


A traição, por outro lado, é barulhenta. É a risada alta no corredor depois do seu nome ter sido cuspido. É o abraço falso, o olhar desviado, a desculpa ensaiada. A traição não é só uma quebra de confiança, é a prostituição do que é sagrado: o pacto invisível entre dois corações que prometeram estar ali — não por obrigação, mas por escolha.


Mas o mais intrigante é quando quem foi traído se torna indiferente à lealdade dos outros. Como se, ao terem sido feridos, agora tivessem permissão para desprezar o que há de mais nobre: a fidelidade que não pede nada em troca.


E foi aí que eu percebi...

Há quem diga:


“Fui traído”

Com a boca cheia, mas cospe na lealdade que recebe, como se ela fosse um presente comum. Não é.


A lealdade é um pacto silencioso. Um juramento sem altar. É continuar presente quando seria mais fácil partir. É dizer “estou com você” — e estar mesmo quando o mundo todo escolheu ir embora.


Quem não sabe reconhecer isso, está condenado a repetir ciclos de traição. Porque a verdade é que quem não sabe honrar a lealdade que recebe, um dia a implorará — e não haverá mais quem ofereça.


Ilustração em preto e branco no estilo xilogravura mostrando uma balança simbólica: de um lado, um saco de moedas representando o preço da traição; do outro, um coração pulsante, ilustrando o valor da lealdade. O contraste entre os elementos ressalta o peso moral entre valor e preço.

Valor e Preço


Palavras irmãs que cresceram em casas diferentes. O preço é numérico, raso, impessoal. O valor é essência. O preço da traição pode ser medido: perdas, mágoas, silêncio. O valor da lealdade, não. E talvez seja por isso que tantos a perdem sem perceber o que tinham nas mãos.


Lealdade não se cobra. Lealdade se vive.

E traição... bem, traição se paga.


A Bíblia já nos deu um retrato perfeito do preço da traição: trinta moedas de prata. Esse foi o preço que Judas aceitou para entregar Jesus. Trinta moedas. O preço da salvação do mundo. A medida da covardia de um homem.


"Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os principais sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata." - Mateus 26:14-15

Parece pouco, né? Mas é sempre pouco quando o coração está à venda.


Judas foi leal? Nunca foi. Estava ali por conveniência, por status, por controle. E quando a hora chegou, escolheu o lucro em vez da verdade, o bolso em vez do espírito. O beijo que deu em Jesus não era de amizade. Era de traição.


"E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Salve, Mestre! E o beijou." - Mateus 26:49

Quantos hoje ainda beijam como Judas? Quantos vendem suas amizades, suas verdades, suas lealdades por trinta curtidas, por um contrato, por um pouco de atenção?


"Ai daquele por quem o Filho do Homem é traído! Melhor lhe fora não haver nascido." - Mateus 26:24

Essa é a sentença não só de Judas, mas de todos que tratam a lealdade como moeda de troca. Porque quem trai por pouco, nunca será digno de muito. E quem não reconhece a lealdade que recebe, vive repetindo as feridas da própria cegueira.


No fim, o valor da lealdade é incalculável.

E o preço da traição... irreversível.

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